CONHEÇA MAIS SOBRE O PROJETO CAVERNA
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REUNIÃO HOJE DO PROJETO CAVERNA
DIA 03/10/2015
LOCAL: COLÉGIO MENELEU DE ALMEIDA TORRES
HORÁRIO: 14:30 H
Realizamos no dia 08/08/2015 uma Saída Técnica para a Caverna Olhos d´água e Furnas Gêmeas com @s alun@s dos 2 Anos A e B e 2 Ano Integrado de Adm do Colégio Meneleu, com a participação da apresentadora Giselle Alonso do Programa Destaque da Rede Massa e sua equipe. Parabenizamos a tod@s @s alun@s pelo comportamento, companheirismo e comprometimento com a atividade
Tesouros naturais escondidos sob a terra. Essa pode ser a definição das cavernas existentes Brasil afora. Os roteiros de cavernas são cada vez mais comuns no país,que detém cerca de 6 mil delas, sendo a maioria dedicada ao estudo científico e algumas abertas para visitação e prática do chamado espeleoturismo.
Em Santa Catarina, a Gruta de Botuverá, a 30 quilômetros de Brusque, tem 1.200 metros e grande variedade de formações rochosas: estalactites, estalagmites e outros formatos curiosos, como por exemplo, altares, velas e candelabros. O acesso é controlado, pois a natureza continua em processo contínuo de criação.
Na Bahia, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, existe a Caverna Pratinha, onde o turista pode mergulhar e observar espécies aquáticas, e as grutas Lapa Doce e Torrinhas, com estalactites impressionantes. Tem como destaque o Poço Encantado, caverna que possui um lago de águas azuis.
Com cerca de 700 milhões de anos, a Gruta de Bacaetava, de Colombo na Região Metropolitana de Curitiba possui cerca de 200 metros de extensão e é repleta de formações rochosas curiosas. A caverna de calcário forma criações semelhantes a caveira, mãos, jacaré, peixe, entre outros.
E para finalizar, o Parque Estadual da Terra Ronca, de Goiás, também é destino obrigatório para quem quer conhecer o mundo das cavernas. A caverna que nomeia o parque foi assim chamada devido ao barulho das águas em seus salões gigantescos repletos de espeleotemas, estalactites e estalagmites.
Para quem vai visitar uma caverna pela primeira vez, é importante estar com roupa confortável, sapato fechado ( de trilha)e capacete com lanterna (geralmente cedido pelo guia). A dica é prestar atenção em cada detalhe das formas ali existentes, assim como aproveitar a sensação do breu total – prática comum em grande parte das visitas guiadas, onde o guia pede para que as lanternas sejam apagadas, restando um escuro sem igual, somente escutando o som das águas e pássaros.
Fonte:https://www.qualviagem.com.br/cavernas-pelo-brasil/?
02/10/2014 - 11h32
Em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 7182/14 classifica as cavernas como patrimônio nacional. Pelo texto, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), caberá à União identificar e delimitar os sítios espeleológicos existentes no País e transformá-los em áreas de proteção ambiental (APAs). A proposta altera a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (9.985/00).
Essas APAs, de acordo com a proposta, terão planos de manejo que indicarão os elementos a serem especialmente conservados e as medidas necessárias para sua proteção, assim como o zoneamento e as propostas de criação de outras categorias de unidades de conservação na área, quando for o caso. Dentro dessas áreas, serão consideradas zonas de preservação as cavernas que tiverem, entre outros, espeleotemas raros; espécies da flora e da fauna endêmicos, raros ou ameaçados de extinção; fósseis e vestígios arqueológicos.
O texto determina ainda que a realização de qualquer atividade ou empreendimento dentro da APA dependerá de licenciamento prévio pelo órgão ambiental competente e de anuência prévia do conselho da área de preservação. Ainda assim, na zona de preservação da APA será proibida a realização de qualquer empreendimentos ou atividade.
Importância De acordo com Bezerra, dados do Ministério do Meio Ambiente apontam que o Brasil conta, atualmente, com mais de sete mil cavernas identificadas. Apesar do grande número, estima-se que representem apenas 7% do total de sítios espeleológicos existentes no País, acrescenta.
Conforme o deputado, proteger as cavernas é importante porque “existe grande pressão sobre essas áreas, dado o seu potencial para a mineração”. O autor do texto ressalta que, além de conter plantas e animais que só existem neste habitat, as cavernas também são de grande importância para a paleontologia e para a arqueologia.
Segundo argumenta, “a proteção proporcionada pelo teto, a ausência de luz e de raízes de plantas e as condições alcalinas do solo e da água transformam as grutas em ambientes muito favoráveis à conservação dos fósseis”.
Proposta idêntica (PL 855/11), também de Bezerra, foi rejeitada pelas comissões de Minas e Energia; e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e arquivada em 2013.
Tramitação O projeto foi encaminhado para análise conclusiva das comissões de Minas e Energia; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Profissão pouco popular, a Paleontologia investiga achados de tempos remotos para entender o presente
Alçada ao status de profissão fantástica graças à trilogia cinematográfica Jurassic Park e a personagens como Indiana Jones (na verdade um arqueólogo), a Paleontologia nem sempre promove grandes aventuras. Porém, cada descoberta constitui uma peça a ser acrescentada ao imenso mosaico de fatos que narram a história do universo, da natureza e do homem. Ciência por vezes incompreendida, a Paleontologia estuda a vida e sua evolução na escala do tempo geológico. Trata-se de coletar informações biológicas integradas aos registros geológicos do planeta, ou seja, estudar os fósseis.
“A Paleontologia busca pelo conhecimento do passado de uma região, busca entender como aquele local era há milhões de anos através da reconstrução da história evolutiva dos organismos, que guarda uma relação com a origem da nossa própria espécie. Entender como um ambiente evoluiu até chegar ao que conhecemos hoje é muito interessante”, define Max Cardoso Langer, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP) e professor do Departamento de Biologia da USP.
São muitas as descobertas advindas de objetos que, aos olhos leigos, parecem incompreensíveis ou abstratos: um fóssil pode conter vestígios do ambiente em que determinado organismo viveu; pode revelar informações sobre os fluxos marítimos e a meteorologia de tempos passados – temperaturas, chuvas e ventos tiveram grande influência sobre a sobrevivência e o desaparecimento de espécies –; e pode possibilitar a reconstrução paleogeográfica de dado momento histórico.
Mas a mais importante contribuição para a sociedade é o fornecimento de pistas sobre qual trajeto o mundo, os animais e a própria humanidade percorreu até chegar ao que conhecemos hoje.
“A maioria da vida que existiu no planeta não foi preservada, esses são os ‘elos perdidos’. Temos evidências das relações de parentesco entre o macaco e o homem, mas não sabemos exatamente qual organismo deixou de ser um macaco e passou a ser um homem, pois existem os hiatos no registro fóssil. O que tinha ali no meio? É por essas coisas que a Paleontologia busca”, diz Cristina Silveira Vega, coordenadora do Laboratório de Paleontologia do Departamento de Geologia da UFPR.
À mercê de danos e até do contrabando
A legislação brasileira que regula a prática da Paleontologia é escassa. Desde 1942, um decreto-lei estabelece os depósitos fossilíferos como propriedade da União, proíbe a venda e a exportação comercial de fósseis e vincula a extração de espécimes fósseis à autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura. Uma lei de 1998 sobre proteção do patrimônio natural e crimes ambientais define como crime a extração de recursos sem autorização, permissão, concessão ou licença.
Mas a fiscalização da coleta de fósseis em áreas de mineração intensa é deficiente. “Com a legislação e fiscalização mínima conseguimos coletar sem grandes empecilhos burocráticos, porém a insegurança é grande. É comum coletarmos fósseis sem documentos de autorização, então estamos sujeitos ao risco de uma eventual fiscalização considerar a prática ilegal”, diz Max Cardoso Langer, presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia.
Outro problema ainda mais grave ameaça o patrimônio natural e a Paleontologia no Brasil: o contrabando de fósseis. “Via Foz do Iguaçu sai muita coisa. A Polícia Federal apreende e contata a universidade para auxílio na identificação. Se a universidade solicitar, pode ficar como fiel depositária das peças”, conta Cristina Silveira Vega, da UFPR, mostrando dezenas de caixas repletas de fósseis resgatados em apreensão na fronteira com o Paraguai.
A Chapada do Araripe, entre Ceará, Piauí e Pernambuco, é o mais famoso sítio paleontológico do Brasil e alvo constante de contrabandistas. Foi dali que saiu o pterossauro de 120 milhões de anos anunciado no início do ano no site de leilões Ebay. A peça foi adquirida há mais de 30 anos por um colecionador e foi ofertada por US$ 262 mil. O caso é investigado pela PF e Interpol e pode resultar em pedido de repatriação da peça.
O caminho das pedras da profissão no Brasil
Para responder às questões que se propõe, as possibilidades oferecidas pela Paleontologia vão muito além da popular ideia de “caçar ossos de dinossauros” e se dividem, conceitualmente, em áreas como a paleobiologia, ramo dedicado aos conceitos evolutivos e ecológicos que se subdivide em paleozoologia e paleobotânica, estudo de fósseis de animais e plantas, respectivamente. Outra área, a micropaleontologia, estuda formas de vida microscópicas, os microfósseis, e auxilia na identificação de formações rochosas aptas à formação de petróleo. É uma das áreas mais promissoras para paleontólogos.
Apesar das múltiplas áreas de atuação, para ser um exímio em outras eras é necessário perseverar pelo caminho acadêmico. Como no Brasil não existe graduação em Paleontologia, é recomendável a formação superior em Biologia ou Geologia. A especialização ocorre na pós-graduação, vinculada a departamentos de geociências ou biociências – hoje, cerca de 45 instituições oferecem algum curso na área. No Paraná, UFPR, UEPG e Unioeste possuem linhas de pesquisa em Paleontologia.
O paleontólogo constrói sua carreira como professor ou pesquisador. O Brasil passou 15 anos sem contratar um único paleontólogo. Mas, de 10 anos para cá, as universidades passaram a acolher mais profissionais em novos campus e cursos superiores. Segundo a Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), a contar pelo número de associados, há 570 atuando no país. “Consideramos a condição da profissão no Brasil razoável comparativamente com outros países. Mas precisamos de mais investimento público em pesquisa”, avalia Max Cardoso Langer, presidente da SBP. Pelos dados do CNPq, desde 2010 apenas dois editais foram abertos para financiar projetos de pesquisa científica e tecnológica em Paleontologia. O primeiro, de 2010, destinou R$ 6 milhões para 82 pesquisas; o segundo, de 2011, aplicou R$ 1,7 milhão em bolsas.
Rumo à fossilização, um organismo passa pelas seguintes etapas:
Morte e necrólise – Logo que um organismo morre, inicia-se a necrólise, que é a decomposição dos tecidos moles do corpo.
Desarticulação – Definida como dois ou mais elementos esqueletais em posição anatômica original, a preservação do organismo articulado é rara pois os ossos/valvas das conchas/folhas se mantêm articulados em função dos tecidos moles que os unem. A desarticulação é resultado do transporte pelos ambientes sedimentares e é determinada tanto pela anatomia básica do organismo quanto por fatores externos.
Soterramento – é essa etapa que garante a preservação dos restos orgânicos; não fosse o soterramento por cobertura sedimentar, muito da vida do passado não teria sido preservada.
Diagênese – depois de soterrado, o organismo passa por um processo chamado diagênese, que consiste na compactação pelo peso do sedimento e na cimentação, processo químico através do qual o sedimento depositado sobre o organismo ou por dentro dele se aglomera e passa a formar uma rocha sedimentar. Voilà! Temos um fóssil!
GAZETA DO POVO
Rota de tropeiros, escarpa pode virar patrimônio natural
Nos seus 260 km de extensão, a Escarpa Devoniana abriga sítios arqueológicos e paleontológicos, além de uma natureza exuberante
A Coordenação do Patrimônio Cultural, ligada à Secretaria Estadual de Cultura, oficializou recentemente o início do estudo para o tombamento da Escarpa Devoniana como patrimônio natural do Paraná. A análise, que será comandada pela própria Coordenação e por professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), vai apontar preliminarmente quais áreas poderão ser incluídas no tombamento.
Com 260 quilômetros de extensão, a formação geológica é importante para o estado por sua natureza bela e exuberante e também por sua relevância histórica, diretamente ligada ao desenvolvimento do Paraná. É o que defende o professor do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Carlos Hugo Rocha, que participou de um grupo de trabalho que levantou informações sobre a escarpa. Sustentada por rochas que se formaram há 400 milhões de anos, a formação corta o estado como se fosse uma cicatriz, dividindo o primeiro do segundo planalto. O geógrafo Almir Pontes lembra ainda que a área possui sítios arqueológicos e paleontológicos.
Na extensão da escarpa tem também unidades de conservação como o Parque Estadual do Guartelá, que tem o terceiro maior cânion do Brasil, e o Parque Estadual de Vila Velha, cujo platô de arenitos foi formado há 400 milhões de anos. “Tem paisagens magníficas, que sempre atraíram o olhar dos visitantes”, acrescenta Carlos Rocha.
Visão ampliada
Entre esses visitantes estavam os tropeiros que passaram pela região no século 18. Segundo Rocha, os campos naturais que margeavam a escarpa davam uma visão mais ampla. “Se um animal se perdesse ou se houvesse índios, eles tinham uma visão privilegiada, diferentemente do que acontecia dentro da mata fechada”, comenta o professor.
O entorno da escarpa oferecia aos viajantes da época um bom lugar para dormir (os campos) e banhar-se (os rios da regiã
Campos naturais margeiam a formação
A Escarpa Devoniana tem ainda áreas remanescentes de campos naturais. Segundo a publicação Ecossistemas Paranaenses, o território do estado tem 8,4% de campos naturais. O professor Carlos Rocha, que participou dos estudos iniciais, estima que essa área seja ainda menor, não alcançando 5% por causa do avanço da agropecuária ao longo dos anos.
O Paraná já tem outras áreas tombadas como patrimônio natural, como a Serra do Mar e o Parque Estadual de Vila Velha. Para o professor Rocha, a inclusão da escarpa na relação de bens tombados não traria impactos na produção econômica do entorno. “Praticamente toda a área já foi usada e a que não foi é porque não oferece boas condições para a agropecuária.”
Recentemente, a APA da escarpa ganhou um novo mapa cartográfico, mais exato que o anterior. O setor produtivo, representado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep), pediu uma revisão do mapa, mas ainda não há uma posição do governo estadual.
O estudo para o tombamento da Escarpa Devoniana havia sido aprovado em reunião do Conselho Estadual em 20 de agosto deste ano. Desde 1992, a área da escarpa é uma unidade de conservação classificada como Área de Proteção Ambiental (APA), que permite a exploração econômica com licenciamentos ambientais, mas o tombamento irá conferir maior proteção à formação geológica. Conforme o geógrafo e membro da Coordenação do Patrimônio Cultural, Almir Pontes Filho, não é possível definir o tamanho da área do entorno a ser incluído no estudo.
Proposta
Uma proposta era tombar dois quilômetros ao longo de toda a extensão da escarpa, mas a área vai depender dos estudos, que incluirão georreferenciamento e análise do perfil do entorno. Independentemente do resultado do levantamento, no entanto, conforme a Coordenação, a área já é protegida por causa da Lei Estadual 1.211/53, que regula os bens tombados no Paraná.
Portanto, a exploração econômica vai depender do grau de preservação do trecho avaliado na escarpa durante o estudo técnico.
O processo de definição do tombamento é longo e complexo, conforme explica a chefe da Coordenação do Patrimônio Cultural, Rosina Coeli Alice Parchen. Um dos elementos da discussão é a existência de propriedades rurais e a possibilidade de indenizações. O entorno da escarpa tem áreas públicas e privadas. Não há um prazo definido para o fim do estudo.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1498429&tit=Rota-de-tropeiros,-escarpa-pode-virar-patrimonio-natural - 13/04/2014.